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Brincar é coisa séria

Você leu certo! Brincar é tão sério, que especialistas em psicologia educacional e desenvolvimento humano têm comparado a importância da brincadeira com a da alimentação e da higiene nos bebês. E é responsabilidade dos pais permitir que as crianças brinquem.

Seja com os pais, sozinhas ou com outras crianças, é fundamental que as crianças brinquem desde o início da vida e continuem brincando aos 7, 10 ou 15 anos. Os brinquedos também devem ser os mais diversos: caixas de papelão, brinquedos caseiros ou comprados, árvores, computadores… É importante que brinquem com um pouco de tudo, sem exagero de nada e no tempo delas, sem precisar mostrar o resultado da brincadeira.

Por meio das brincadeiras é possível acompanhar o desenvolvimento da criança, saber quais são seus questionamentos, seu comportamento e as soluções que ela encontra para os acontecimentos do dia a dia. Nesse contexto, é importante perceber os tipos de brincadeiras e o que eles podem representar em relação aos sentimentos da criança como, por exemplo, agressividade e ansiedade.

Outro fator decisivo nas brincadeiras dos pequenos é a atitude dos adultos em relação a elas. Muitos pais ainda pensam que brincar com os filhos pode diminuir sua autoridade nos momentos de seriedade e educação. Para o desenvolvimento da criança, no entanto, é muito importante que os pais tenham uma atitude lúdica, que saibam brincar junto com os filhos.

Estas afirmações sobre a importância de brincar fazem parte de um material coletado pelo site Tempo junto, que realizou uma série de entrevistas com especialistas de várias áreas sobre este tema. O resultado é um material riquíssimo, que inclui diversos vídeos e relatos. Aqui, selecionamos apenas alguns pontos de destaque. Confira no link a matéria completa.

 

As mães e o Começo da Vida

“Quando você dá atenção ao começo da história, ela pode mudar por inteiro”. Esta é a ideia que inspirou o documentário O Começo da Vida, com estreia prevista para o dia 5 de maio nos cinemas brasileiros. A escolha da data de lançamento, tão próxima ao Dia das Mães, não foi mera coincidência. Como a mãe é a primeira fonte de amor e carinho e também o primeiro vínculo da criança com o mundo, ela é sempre um personagem de destaque na história dos filhos.

 

 

O filme aborda justamente a importância dos vínculos que a criança estabelece durante a primeira infância e como isso pode influênciar no seu desenvolvimento. Fazendo uma análise aprofundada e um retrato apaixonado sobre os primeiros mil dias de um recém-nascido, especialistas entrevistados no documentário afirmam que o ingrediente mais importante para a formação de um cérebro saudável na infância é o carinho. Por isso, os adultos devem se esforçar ao máximo para oferecer o seu melhor nos seis primeiros anos de vida da criança, expressando o amor através de interação, conversas, canções, colo, sorrisos e abraços. Isso é fundamental para a criança crescer segura e saudável, fortalecendo sua estrutura cerebral e emocional para a vida adulta.

Por mais que a mãe não seja a única responsável pelo desenvolvimento, pois a figura paterna é indispensável, é natural que a criança tenha um vínculo maior com a mãe. É ela quem oferece o primeiro alimento e, muitas vezes, quem passa mais tempo cuidando do pequeno. E essa ligação se inicia durante a gestação, período em que os registros emocionais da criança já começam a acontecer. Sim, os bebês começam a aprender desde que estão no útero materno. Daí a importância de uma gestação tranquila, pois as emoções da mãe são transmitidas também ao bebê, podendo influenciar no desenvolvimento dele para toda a vida.

A criança aprende durante seus primeiros 60 meses, mais que aprenderá em toda a sua vida. As experiências que ela vivencia na mais tenra infância, ou ainda na gestação, ficarão registradas, ainda que nem sempre de forma consciente, e podem repercutir em sua vida adulta. Por isso, cuidar do desenvolvimento dos pequenos é cuidar dos adultos que eles virão a ser. Mesmo que, para as mães, os filhos sejam sempre suas eternas crianças.

Assista e encante-se com o trailer do filme “O começo da vida”:

 

 

Descobrindo o prazer de ler e ouvir histórias

A leitura é essencial para o desenvolvimento humano e cultural das crianças. Ela desempenha um papel fundamental no aprimoramento do raciocínio, da capacidade de interpretação, além de promover um melhor desenvolvimento da fala e da escrita.

Com o avanço da tecnologia e o crescente interesse dos pequenos por celulares e tablets, os pais têm o papel crucial de estimular o hábito da leitura desde cedo nas crianças. E isso pode ser feito a partir de muito cedo, até mesmo antes do nascimento. A partir da 25ª semana de gestação, o bebê já consegue sentir a vibração do som e ouvir a voz da mãe. Nessa fase, o bebê é muito sensível à entonação da voz e é graças a ela que começa a construir significado e formar memórias.

Ler histórias para bebês desde cedo aumenta sua conexão com os pais, pois constitui um contato afetivo e visual, muito importante desde os primeiros meses de vida. Ainda que ela não compreenda o significado das palavras, a criança começa a assimilar expressões faciais, gestos, tons de voz.

Conforme a criança vai crescendo, ela vai descobrindo que as histórias contadas pelos pais vêm através de letras, palavras e imagens e que elas contêm significados. E isso passa a despertar o interesse delas, estimulando o gosto pela leitura.

No entanto, para que a leitura se torne um hábito e contribua efetivamente para o desenvolvimento da criança, ela deve fazer parte da rotina (ainda que com textos curtos), assim como a alimentação e os rituais da hora de dormir. Além disso, o momento da leitura deve ser prazeroso tanto para as crianças quanto para os adultos. Por isso, é importante escolher histórias de que eles também gostem e que remetam a experiências agradáveis que eles tiveram na infância. A ideia é que seja uma atividade lúdica e afetiva, e não com finalidade pedagógica.

Para aumentar a familiaridade, é bom deixar a criança manipular os livros, ganhar intimidade com eles. Já existem livros de borracha, plástico e tecido, próprios para o manuseio infantil. Aos poucos, a criança vai compreendendo que os livros têm significado e vão despertando para esse universo, apontando figuras que vêem no livro, ajudando a virar as páginas, imitando os sons. Enfim, em cada fase de desenvolvimento, a criança vai participando mais ativamente da leitura, fazendo perguntas, pedindo para reler histórias, etc.

Oferecer o estímulo à leitura desde cedo, instiga a imaginação e faz com que as crianças cresçam  ávidas pela alfabetização, pois assim elas mesmas poderão ler e reler seus livros e descobrir novas histórias.

A alimentação que contribui para o desenvolvimento cognitivo

A gente já contou aqui que a alimentação pode contribuir para o aprendizado dos pequenos. Mas você sabia que isso começa muito antes da idade escolar?

Recentemente, cientistas alimentaram bebês desde o seu nascimento até um ano de idade com uma fórmula enriquecida com ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa. Com isso, eles descobriram que esses nutrientes podem ser muito responsáveis por um melhor desenvolvimento cognitivo.

Esses nutrientes que podem fazer as crianças terem um melhor aprendizado podem ser encontrados em alimentos como o óleo de peixe (salmão e sardinha), a gema do ovo, o óleo de linhaça, além do leite materno. Para isso, além de investir na amamentação sempre que possível, a dica é incluir esses alimentos no preparo das papinhas e sopinhas, oferecidas a partir dos seis meses de idade.

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Confira algumas receitas de papinhas com peixe, que podem ser feitas com salmão ou sardinha:

http://bebe.abril.com.br/materia/papinha-de-peixe-com-legumes

http://manualdafamiliamoderna.blogspot.com.br/2012/10/receitinha-papinha-de-salmao.html

http://lilica-embuscadeumsonho.blogspot.com.br/2013/05/papinha-de-peixe.html

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI214464-15332,00.html

http://www.danonebaby.com.br/nutricao-para-maes-e-bebes/livro-de-receitas/papinha-gourmet-de-peixe/

Os benefícios da natação para os bebês

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Hoje é comemorado o Dia da Natação. E você sabia que esporte tão completo, conhecido por ser ótimo para o desenvolvimento da coordenação motora e tonificação dos músculos, não é recomendado apenas para adultos e crianças? Ele também é super recomendado – e cheio de benefícios – para os bebês!

Além de ser ótimo para o desenvolvimento neuro-motor (equilíbrio e coordenação motora) e psicossocial (relacionamento com outras pessoas), especialistas afirmam que crianças que fazem natação tornam-se muito menos suscetíveis a alergias e doenças pulmonares. Isso ocorre porque o esporte ajuda a desenvolver o sistema respiratório.

A prática da natação ainda tem a virtude de acalmar os bebês hiperativos e instigar os hipoativos. O cansaço físico ainda faz com que o apetite aumente e com que o bebê tenha um sono mais tranquilo.

E ainda tem mais: como a natação para bebês é feita com o acompanhamento dos pais, o esporte ainda consolida a relação entre a família e desenvolve a inteligência emocional, influenciando muito no desenvolvimento afetivo dos pequenos.

Quer saber mais? Confira esse vídeo:

A forma que você elogia as crianças pode influenciar no seu desenvolvimento

Quem não morre de orgulho ao ver um filho, sobrinho ou afilhado indo bem na escola, nos esportes ou até apresentando uma facilidade incrível para montar um quebra-cabeça? Nessas horas, a nossa reação automática é nos rasgar de elogios! Mas será que essa postura é boa para o desenvolvimento dos pequenos?

Pesquisas atuais mostram que elogios podem, sim, ser engrandecedores. Mas apenas se forem feitos da forma correta!

O site UpdateOrDie conta uma historinha para começarmos a entender a história…

Gabriel é um menino esperto. Cresceu ouvindo isso. Andou, leu e escreveu cedo. Vai bem nos esportes. É popular na escola e as provas confirmam, numericamente e por escrito, sua capacidade.

“Esse menino é inteligente demais”, repetem orgulhosos os pais, parentes e professores. “Tudo é fácil pra esse malandrinho”.

Porém, ao contrário do que poderíamos esperar, essa consciência da própria inteligência não tem ajudado muito o Gabriel nas lições de casa.

“Ah, eu não sou bom para soletrar, vou fazer o próximo exercício”.

Rapidamente Gabriel está aprendendo a dividir o mundo em coisas em que ele é bom, e coisas em que ele não é bom.

O site afirma que a estratégia, inconsciente, faz parte do comportamento humano: buscamos prazer e tentamos evitar a dor. Assim, evitamos as tarefas em que não obtemos tanto sucesso e concentramos todas as nossas forças naquelas que já dominamos. Mas, infelizmente, tanto na vida quanto nas lições de casa, precisamos realizar todas as tarefas, não só as que dominamos bem. E quando nos vemos obrigados a realizar tarefas em que toda essa genialidade não se manifesta, nossa auto-estima colapsa. Em suma, como afirma o UpdateOrDie, “acreditar cegamente na inteligência a prova de balas” provoca “um efeito colateral inesperado”: uma desconfiança quanto as reais habilidades.

De uma forma inconsciente, a criança se assusta com a possibilidade de “ser uma fraude” e para se proteger dessa ideia, o cérebro cria “uma medida evasiva de emergência”: abraça o rótulo de sucesso, “subestima a importância do esforço e superestima a necessidade de ajuda dos pais”. Isso porque, inconscientemente, a imagem da super criança, que tem facilidade em tudo e uma inteligência excepcional precisa ser mantida.

O site afirma que esses casos se prodígios que tornam-se vítimas de suas próprias habilidades de infância e dos bem-intencionados elogios dos adultos são mais comuns do que pensamos. Ao longo da última década, inclusive, inúmeros assuntos foram realizados a respeito do assunto.

Um estudo norte-americano realizado por uma Ph.D. em Psicologia do Desenvolvimento testou mais de 400 crianças após a montagem de um quebra-cabeças relativamente fácil. Alguns eram elogiados por sua inteligência (“você foi bem esperto, hein?”) e outros, pelo seu esforço (“puxa, você se empenhou para valer, hein?”). Em uma etapa seguinte, mais complexa, eles podiam escolher entre um novo desafio, semelhante ou diferente. A maior parte dos que haviam sido elogiados pela sua inteligência escolheram o desafio semelhante. Já os elogiados pelo esforço escolheram o desafio diferente.

Esse diagrama sintetiza o que acontece, ao longo da vida:

Ou seja: na hora que seus pequenos forem bem na escola, lembre-se de elogiá-los pelo seu empenho e esforço e não pela sua inteligência!

Superproteção: cuidado com os excessos

É normal que os pais se preocupem com a segurança e o bem-estar de seus filhos. Entretanto, há um limite entre a proteção natural e a superproteção. Pais que se preocupam demais e tentam evitar que os filhos enfrentem problemas podem não perceber que estão comprometendo o desenvolvimento da criança e sua capacidade de lidar com as situações difíceis.

Nenhum pai quer que seu filho sofra algum mal, mas é preciso deixar as crianças viverem suas vidas e enfrentar as experiências. O excesso de zelo e preocupação impede a criança de desenvolver autonomia, lidar com frustrações e aprender limites.

Ao superproteger os filhos, os pais, inconscientemente, os desencorajam a tentar lidar sozinhos com determinadas situações. Assim, surgem os sentimentos de insegurança, medo e despreparo que, na idade adulta, podem resultar em dificuldades de se relacionar, fazer escolhas e lidar com frustrações, além de baixa auto-estima e dependência excessiva.

O ideal é que os pais conversem, orientem, mostrem os limites, mas deixem a criança agir sozinha e fazer certas escolhas. É através do erro que se aprende as melhores lições. Permita que seu filho explore ambientes, conviva, brinque, acerte e erre.

Mostre sua preocupação e os perigos que certas atividades envolvem, sempre ensinando o que fazer se algo der errado. Permitir que a criança realize certas atividades sozinha e, assim, assuma pequenas responsabilidades – como arrumar seu quarto – também são ótimos estímulos para um desenvolvimento saudável.

Os pais devem proteger seus filhos, sim, mas, ao mesmo tempo, prepará-los para o mundo, pois certamente algum dia eles precisarão ir em busca de sua própria vida e nessa hora é preciso que estejam prontos para fazer suas escolhas e enfrentar seus obstáculos.