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O fim das empregadas domésticas 1/2: Como reorganizar e facilitar suas tarefas domésticas

A matéria de capa da Revista Época do último dia 23 anuncia o fim da profissão de empregada doméstica. Com a economia nacional crescendo e com a população brasileira se escolarizando mais, essa profissão parece caminhar rumo à extinção. Muitas garotas que antes precisavam trabalhar como domésticas desde cedo agora têm condições de estudar e garantir que, futuramente, possam ingressar no mercado de trabalho com empregos melhores, que lhes possibilitem um crescimento profissional. Essa revolução cultural, ocasionada especialmente pelo estudo, tem feito com que as jovens de classes mais baixas não queiram mais trabalhar na casa dos outros, uma vez que o trabalho doméstico traz em si um estigma social e uma falta de expectativa de crescimento profissional, questões que não se resolvem apenas com aumentos salariais.

Outro fator que tem influenciado esse processo é uma melhor distribuição de renda entre as regiões brasileiras. Com um aumento na renda do Nordeste, jovens que antes rumavam para o Sudeste para trabalhar em casas de família agora podem trabalhar com famílias de classe média da sua região ou até buscar outros empregos, sem migrar. Esse crescimento da economia também tem feito com que moças que antes trabalhariam como empregadas no Sudeste agora tenham alternativas de emprego e carreira.

Além disso, um constante aumento na classe C tem feito com que mais famílias busquem esse serviço. Esse aumento na demanda tem tornado essas profissionais cada vez mais escassas e caras. Embora essa seja uma mudança positiva para o país, que se torna mais próspero e igualitário, muitos de nós temos dificuldades de nos adaptar a esse novo estilo de vida ao qual nossas famílias terão que aderir. Culturalmente, as mulheres foram criadas para cuidar do lar, enquanto os maridos trazem o sustento e as crianças apenas brincam e estudam. Nos dias de hoje, entretanto, nós mulheres também estamos no mercado de trabalho, e agora vemos o fim de nossas funcionárias do lar se aproximando. Com tudo isso, precisamos educar nossas famílias para que as tarefas domésticas sejam igualitariamente distribuídas e que nossos pequenos se adaptem desde já a essa nova realidade brasileira, que já é comum em países mais desenvolvidos.

Algumas atitudes simples e práticas podem nos ajudar a transformar a realidade do nosso dia-a-dia e a adaptar-nos a essas mudanças:

• Delegue tarefas fixas para cada membro da família e fixe a lista em algum local visível até que todos se acostumem com a nova rotina;
• Mantenha apenas um prato, um copo e um jogo de talheres por morador da casa. Após cada uso, cada um deverá se responsabilizar por lavar. Caso contrário, terá que lavar quando precisar usar novamente;
• Organize-se para, aos domingos, cozinhar uma série de pratos e congelá-los para a semana toda;
• Algumas peças, como toalhas, roupas de cama e panos de prato, não precisam ser passados se foram secados em uma secadora ou pendurados no varal sem amassar;
• Para tirar leves amassados das roupas do dia-a-dia, pendura-as em um cabide no banheiro enquanto tomar banho. O vapor quente tirará o amarrotado;
• Um edredom ou colcha sobre a cama, a falta de tempo ou falta de talento para estender a cama são facilmente disfarçadas.

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