O Brasil é considerado um dos países mais ricos em biodiversidade. Mesmo assim, infelizmente, existem animais presentes em algumas regiões brasileiras que podem ser extintos em poucas décadas.
O Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgaram o Livro Vermelho com a relação dos animais ameaçados de extinção no Brasil. De acordo com o estudo, em nosso país existem 1.173 espécies animais ameaçadas de extinção, além dos que já foram extintos, como a arara-azul-pequena e o minhocuçu.
A seguir, conheça a lista que a Xalingo organizou com mais de 20 animais brasileiros que estão ameaçados de extinção:
1. Ararajuba
A ararajuba (Guaruba guarouba), também conhecida como Guaruba, é uma ave verde e amarela, que existe somente na Amazônia e vem sofrendo com o tráfico e o desmatamento do bioma. Está ameaçada de extinção em risco vulnerável de extinção.
2. Ariranha
A ariranha (Pteronura brasiliensis), também conhecida como lobo do rio ou lontra gigante, pode ser encontrada no Pantanal e Amazônia. A pesca predatória, caça ilegal e a poluição dos rios, principalmente a contaminação por mercúrio, são as maiores ameaças para a conservação da espécie. Está ameaçada de extinção em risco vulnerável.
3. Baleia-franca-do-sul
A baleia-franco-do sul (Eubalaena australis), também conhecida como baleia franca austral, é encontrada no litoral brasileiro. Ela vem sofrendo com a caça, a pesca, bem como a poluição das águas. Na época de ter os filhotes, as mães buscam águas mais quentes e rasas para darem à luz. É considerada em perigo de extinção.
4. Boto cor-de-rosa
O boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) é endêmico dos rios da bacia Amazônia, sendo considerado o maior golfinho de água doce. A sua população vem diminuindo com o passar do tempo, pois a espécie já foi utilizada como isca para pesca e, mais atualmente, sofre com a construção de hidrelétricas. Pesquisadores estimam que em cerca de 30 anos, a população desta espécie poderá sofrer um declínio de 50%. Por esse motivo, ela foi categorizada em perigo de extinção.
5. Cervo-do-Pantanal
O cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) é o maior cervídeo da América da Sul. Além de ser encontrado no Pantanal, esta espécie vive também nos biomas Amazônia e Cerrado. O desmatamento e a caça ilegal são ameaças, além da construção de hidrelétricas na bacia do Rio Paraná. Essas têm contribuído para a grande redução da espécie, classificada em risco vulnerável de extinção.
6. Cuxiú-preto
O cuxiú-preto (Chiropotes satanas) é um mamífero que pode ser encontrado na Amazônia. Essa espécie de macaco vem sofrendo com a caça predatória e desmatamento do seu habitat, causando assim escassez de alimentos, já que os frutos das árvores são fundamentais para sua sobrevivência. Atualmente, está classificada como criticamente ameaçada de extinção.
7. Gato-maracajá
O gato-maracajá (Leopardus wiedii) sofreu durante décadas com a caça para a venda de sua pele. Ele é encontrado nos biomas Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Atualmente, o desmatamento é o maior problema enfrentado pela espécie, uma vez que causou a destruição de seu habitat natural, tornando-se vulnerável à extinção.
8. Jacutinga
A jacutinga (Aburria jacutinga) é uma ave de médio porte endêmica da Mata Atlântica que vem sofrendo com a caça e perda do habitat. Em alguns estados como Bahia, Rio de Janeiro e Espírito Santo ela já foi extinta, sendo possível encontrá-la somente nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por isso, é considerada uma espécie em perigo de extinção.
9. Lagartixa-da-areia
A lagartixa-da-areia (Liolaemus lutzae) é uma espécie endêmica do Rio de Janeiro e tem como habitat as faixas de areia, as quais se estendem por aproximadamente 200 km. A urbanização é considerada uma das principais ameaças que provocam a extinção da espécie, o que causou, segundo pesquisadores do ICMBio, uma redução de 80% da população de lagartixa-da-areia. A espécie está classificada como criticamente ameaçada de extinção.
10. Lobo-guará
O Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é encontrado no Cerrado, no Pantanal e nos Pampas. Esse animal é considerado o maior mamífero canídeo nativo da América do Sul. A espécie enfrenta grandes problemas devido ao desmatamento de seu habitat e encontra-se vulnerável à extinção.
11. Macaco-aranha-de-cara-preta
O macaco-aranha-de-cara-preta (Ateles chamek) é encontrado principalmente na Amazônia. Entre as ameaças a sua conservação estão: a destruição de seu habitat, a caça ilegal e o tráfico de animais. A construção de hidrelétricas, rodovias e linhas de transmissão são os principais motivos para que a espécie seja considerada em risco vulnerável de extinção.
12. Mico-leão-dourado
O mico-leão-dourado habita a Mata Atlântica e sofreu durante décadas com o desmatamento e o tráfico de animais, o que resultou na eliminação quase total da espécie. Hoje, os poucos indivíduos que existem são restritos aos remanescentes de florestas do estado do Rio de Janeiro. Com o apoio de projetos nas unidades de conservação onde se encontram, a situação tende a melhorar. Porém, a espécie está ainda classificada em perigo de extinção.
13. Morceguinho-do-cerrado
O morceguindo-do-cerrado (Lonchophylla dekeyseri) é um animal pequeno, com cerca de 12 gramas e é uma espécie endêmica do Cerrado. Ele vive em cavernas e buracos nas matas e cerrado do Brasil. A redução do seu habitat, causada principalmente pelo desmatamento, turismo desordenado e degradação ambiental, são as principais causas de ameaça de extinção da espécie.
14. Muriqui-do-norte
O muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) é o maior primata das Américas, sendo encontrado somente na Mata Atlântica. A espécie sofre com o desmatamento da região e a caça ilegal e indiscriminada. Ele está classificado na categoria de criticamente ameaçado de extinção.
15. Onça-Pintada
A onça-pintada (Panthera onca) é considerada o maior felino das Américas, podendo ser encontrada em quase todos os biomas brasileiros, com exceção do Pampa, onde já foi extinta. Essa espécie de onça é caçada por fazendeiros para proteger seus rebanhos, além disso, sofre com a destruição do seu habitat e sua pele tem grande valor no mercado mundial. É classificada em risco vulnerável de extinção.
16. Pica-pau-amarelo
O pica-pau-amarelo (Celeus flavus subflavus) é uma ave endêmica do Brasil, sendo originalmente encontrada entre os estados de Alagoas até o Rio de Janeiro. Porém, os registros mais recentes apontam a incidência deste animal somente em locais específicos da Bahia e do Espírito Santo. A ave está classificada como criticamente ameaçada de extinção. Pesquisadores apontam a existência de aproximadamente 250 indivíduos atualmente. As principais ameaças estão relacionadas à qualidade do seu habitat, que sofre influência do desmatamento e das queimadas.
17. Saíra-militar
O saíra-militar (Tangara cyanocephala cearensis) é uma ave encontrado na Mata Atlântica. Ela possui cores fortes e o grande problema enfrentado pela espécie é o desmatamento das regiões e o tráfico de animais. Atualmente, ela apresenta risco vulnerável de extinção.
18. Sapo-folha
O sapo-folha (Proceratophrys sanctaritae) é uma espécie endêmica do Brasil, descrito cientificamente há pouco tempo e que já se encontra em perigo de desaparecer. Ele foi descoberto em 2010 na Serra do Timbó, no estado da Bahia. A espécie sofre com o desmatamento do seu habitat por causa do cultivo de cacau, banana e das pastagens. Atualmente, ele está classificado como criticamente ameaçado de extinção.
19. Soldadinho-do-araripe
O soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni) é uma ave que vive na caatinga, em área restrita da Chapada do Araripe, no Ceará. Ela vem sofrendo com o problema do desmatamento da região, provocado pela criação de gado, monoculturas e o crescimento desordenado das cidades. A espécie é classificada como criticamente ameaçada de extinção.
20. Tamanduá-bandeira
O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é encontrado nos biomas da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Ele vem sofrendo com desmatamento e queimadas das regiões destinadas às plantações ou criação de gado. Por conta dessas ações, a espécie encontra-se como vulnerável à extinção.
21. Tartaruga-de-couro
A tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) é considerada a maior espécie de tartaruga marinha do mundo. Ela é encontrada em oceanos tropicais e temperados. No Brasil, a desova regular acontece no litoral norte do Espírito Santo. O consumo dos ovos e abate das fêmeas foi muito comum no passado, além de que suas características reprodutivas contribuem para colocar a conservação da espécie em situação crítica. Em alguns países, o consumo da carne e do óleo desse animal é legalizado. A espécie é classificada como criticamente ameaçada de extinção.
22. Tartaruga-oliva
A tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) é uma espécie altamente migratória, que desova principalmente entre o litoral sul do Alagoas e o norte da Bahia. Assim como a tartaruga-de-couro, ela também sofria com a coleta dos ovos e abate no período da desova, o que tem diminuído por conta de muitos projetos conservacionistas. A espécie ainda enfrenta problemas como a caça ilegal, pesca acidental e a poluição das águas, provocando assim o risco de extinção e, por isso, classificada na categoria em perigo.
23. Tatu-bola
O tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) é um animal endêmico da Caatinga, ou seja, é neste bioma que ele é mais encontrado. Pesquisadores apontam que a população desta espécie já diminuiu cerca de 45% em um período de 20 anos. Os principais motivos que fazem este animal ser considerado em risco de extinção são a degradação ambiental e a caça. Segundo o Livro Vermelho do ICMBio (2016), a espécie está categorizada em perigo de extinção.
24. Toninha
A toninha (Pontoporia blainvillei) é um golfinho que pode ser encontrado na região costeira do Brasil, Uruguai e Argentina, passando pelo litoral do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. A captura da espécie em redes de pesca e a baixa capacidade de reprodução, fazem com que a toninha seja considerada como criticamente ameaçada de extinção no Brasil.
25. Uacari
O uacari (Cacajao hosomi) é encontrado na Amazônia e vem sofrendo com o desmatamento da região e a caça, já que habita terras indígenas dos Yanomamis. Aespécie está classificada em perigo de extinção.
26. Udu-de-coroa-azul-do-nordeste
O udu-de-coroa-azul (Momotus momota marcgraviana) é encontrado nos biomas da Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica. Essa ave multicolorida vem enfrentando problemas com a perda de seu habitat por causa dos desmatamentos das regiões. Atualmente, a espécie está classificada em perigo de extinção.
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Fontes: